Sonhar
Pousou pesado
O sonho de aço
Tecido inefável
Colhido do espaço
Apodrece no chão
Irriga a mão
Sem encenação
Tem-se o não
Estômago vazio
Mente enrijecida
Sanidade a fio
Hora invasiva
Traz o silêncio
Os olhos vazios
Contempla o esplêndido
Estranho sádio
Torna a pesar teus olhos
Apesar
Dos pesares
Pesar
Pesado
DesCrença
Aos olhos
Do céu tão azul
Do céu tão azul
Me perco
No tempo
Que nunca existiu
Mas sempre se ouviu
Os gritos
Eu me sinto um prisioneiro desse mundo
Por coisas que nem sei dizer
Meu espírito se afunda no vazio
Que envolve o meu próprio ser.
O que eu vejo
Já não existe mais
Me sinto incapaz
De ser
O medo
me cega demais
Com o brilho que jaz a tempo
As cordas em que me sustento
Se desfazem
No momento em que eu me ajoelhar
Eu me ponho no tormento
Que explodirá
E qualquer dúvida me faz hesitar.
Sempre
Sempre
Uma palavra inventada pra gente
Ilusão que o tempo conssente
Sempre
Haverá um instante que se lembre
Não sendo bastante se for intermitente
Sempre
É a nossa história que eu quero que você invente
Uma verdade aos outros incoveniente
Sempre
Teu olhar que nunca mente
Diante do desejo que o amor aumente
Ontem, hoje e sempre