Sem sair da cama!
Agora eu tenho certeza que é na cama que fazemos as melhores coisas!
Bater, bater, bater mais!
Vamos fazer nosso som
Nessa noite, nesse dia
Vamos bater
Vamos trincar os dentes
E fechar os olhos
Vamos fazer as luzes acenderem na madrugada
E quando cansarmos
Respirar
E voltar a atingir o alvo
Em acertar em cheio ouvidos alheios
Vamos pertubar o ar
E fazer ondas gigantes
Conquistar a estranheza
Do diabo noturno
Conquistar o sorriso
Do anjo matinal
Na nossa batalha solitária
Bater, bater, bater mais
Viajar a 340 por batida
Derrubar e elevar
Bater até ser abatido.
Segunda feira, 14 de março de 2011.
Tenho andado por noites escuras
Abrigos 24 horas
Apanhado pelo frio
E deixado meu coração atingir em cheio meu peito
Respiro forte
E deixo-o bater
Sinto suas rajadas acariciarem meu corpo
Reverberando amor
Imaginar sempre foi mais fácil
Imaginar sempre foi melhor
Mas viver é sem igual
E é tão gostoso quando aprendemos a bater
É tão prazeroso retornar sedento
A secura na boca
E o líquido sagrado no sorriso da amada
Vejam!
Eu carrego o fogo divino
É isso que cativa
Caia toda chuva
Não apaga
A minha brevidade deu mais uma corda no tempo
Mais um ciclo
A fumaça sobe
Alcança o céu
Nubla meus olhos
E tudo que quero só são mais 5
Um último round
Uma última rodada na mesa
Uma última aposta na roleta
Uma última palavra de amor
Um último grito com o acorde de Diego
Meu cigarro está aceso
Meu cachecol mantém o calor que atravessa minha garganta
Meu blazer azul
Minhas canções
Minhas poesias
Tudo isso na noite perigosamente tranquila de Florianopólis.
Entre eu e você
Estou tão perto das nuvens
Quase acredito
Quase posso toca-las
Quase posso tudo quando te escuto
Quando te leio
Tenho tigres e elefantes
Assisto o que teus olhos vêem com emoção
Traduzo o que tu ouves
O suor escorre pelo meu rosto com o calor que atinge teu cotidiano
O vazio dos teus dias preenchem os meus
Estou tão longe do céu
Quase desacredito
Quase não me sinto
Quase não ouço minhas preces
Não enxergo as horas e me perco em dias longínquos
Animais rugem
Não admiro olhos flamejantes em noites quentes
Tudo soa estrangeiro
Me enxarco no fogo e me encolhendo à noite
E o vazio me seca.
Mas outro dia tu chegas
E tu sabes
Sempre sabes
Que tens tudo o que sou!
Xadrez
Xadrez
Cobre o chão e transforma-o
Forra a cama sempre desforrada
Veste o corpo até pouco tempo atrás desnudo
Traça o caminho do jogo que perdeu para o amor
Aquece do frio na tarde chuvosa
Xadrez
É meu corpo sobre o teu
Nossa essência de cores diferentes e unidas no mesmo pano
Teu olhar no meu
É tua espera e a minha.
Minuto Atemporal - As horas mantém a velocidade na curva. 